Reparei que viraste a cara para o outro lado, com desdém, logo que reparaste na minha presença próxima. De imediato recordei a ansiedade no retrato dos dias em que a espera te agitava num frenesi descontrolado, como uma espécie de medo que eu não viesse um dia por ter desistido de uma paixão que nos parecia imortal.
Lembro-me bem desse tempo fenomenal em que não dispensavas uma palavra minha antes do café da manhã, sedenta de uma imagem e atenta a cada som. Gritavas a saudade e juravas uma fidelidade que jamais te exigi, pois embora muito chegado a ti não poderia assumir um compromisso duplicado na pele do amante amigo, do actor secundário num papel principal.
Agora sentes-te mal por cruzares o meu caminho, por lembrares um destino que rejeitaste neste mesmo espaço.
No dia do último abraço, quando ainda me acreditavas especial.
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11 comentários:
Encruzilhada da rejeição???
bjs
Não propriamente, Olá!!. É mais a encruzilhada da constatação (do quanto o tempo consegue deteriorar a nossa percepção do/a outro/a).
Beijos também.
A paixão desenfreada acaba por abafar o desejo...em especial do seu objecto!
Já ouvi dizer que a liberdade é um bem essencial :-p
"...Amo a liberdade. Por isso, deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem, é porque as possuí, se não voltarem, é por que nunca as tive..."
Bom texto, como sempre ;-)
Beijos
Imagine all the people...
A Liberdade é mais do que essencial, é um dos pilares da felicidade tal como a defino.
Mas o Amor, Artemisa, e a sua filha Paixão, cegam a malta (os outros, os outros...) às grades da gaiola emocional.
Obrigado por me dizeres. :-)
Beijos igual.
Mas tu não páras??? por pouco ficava sem conhecer este teu novo endereço. Para a próxima avisa, sim?
Beijinho :)
Sou um blogger compulsivo, Paula.
E não fazia ideia de que poderias interessar-te pelo que tenho para escrever.
Prometo que te aviso prá próxima.
Aliás, já te conduzi como quem não quer a coisa a outro espaço meu (mas sem que tu o soubesses...).
;-)
Pois foi... eu se fosse a ti não estaria era tão confiante, porque eu "como quem não quer a coisa", sabia bem para onde estava a ser conduzida;-)
beijinhos e bom fsemana :-)
Sonho encontrar quem me faça sentir mãe e filha (preciso de ambas!!) sem deixar de sentir a brisa da liberdade no rosto... :-)
Chèri, vous avez un petit cadeau dans m'espace... ;)
Bisous
Paula, ficamos assim (por aqui). Não tenho jeito nenhum para secretismos, pois não? ;-)
Sonhas alto, Artemisa.
É meio caminho andado para a frustração. E dois terços ou mais para a possível concretização...
:-)
Vou ver tout suit.
Não...;)
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