Ela sentou-se na mesa da esplanada onde melhor conseguia observá-la sem proezas de contorcionista.
Ela ocupou a totalidade do meu horizonte, onde antes o olhar se petrificava na estátua coberta de verdete em honra de um ilustre qualquer.
Ela era uma linda mulher e quando se levantou para partir o bando de pombos acompanhou a tendência, voou, os figurantes que percorriam a praça recolheram aos seus domicílios em busca do jantar e até o sol pareceu antecipar o ocaso para marcar aquela penosa despedida.
Eu acendi outro cigarro, levantei de novo o jornal e enclausurei-me na alienação de uns considerandos acerca de uma curta metragem para a qual um dia escreveria um deslumbrante guião.
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5 comentários:
Uma verdadeira musa :)
E a prova de que as pessoas não nos ficam marcadas na memória por terem estátuas mas sim por nos darem inspiração. O que sentimos não ganha verdete :p
Beijos
Uma verdadeira musa, mestre na arte da inspiração?
Podíamos chamar-lhe uma... artemusa, não? :-)
Muitos para ti também.
Quanta honra...mas não sou como as tuas gatas :p
Não mereço tal distinção ^^
Bacci
Minhas gatas? As gatas não são de ninguém.
E do merecimento de qualquer gata, seja como as "minhas" ou não, serei eu o verdadeiro juiz (com a tua licença).
Artemusa te tornarei, numa história que irei que escrever com base nos elementos recolhidos a partir deste nosso contacto e do blogue preguiçoso onde te expões.
(Com a tua licença, outra vez...)
:-)
Que tal?
É verdade, as gatas não são de ninguém, a não ser delas próprias...para as teres por companhia, tens que as conquistar.
Blog preguiçoso -_- ?? Diz antes autora pouco inspirada... São fases, ao sabor das luas...
Podes escrever o que te apetecer, acho que o que me dou a conhecer não é suficiente para uma história interessante, mas confio na tua imaginação ^^
Bacci
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