segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Rua sem saída

Cruzei-me contigo por mero acaso, do outro lado de uma rua qualquer. Olhei para ti e aquilo que vi não passava de uma representação daquilo que me parecias quando faziamos sentido a dois.

4 comentários:

Artemisa disse...

Engraçado como vemos as pessoas de outra forma à distância de algum tempo...foram elas que mudaram, fomos nós, ou apenas as circunstâncias?

Gosto do novo espaço, já me tinha perguntado porque não terias uma casinha só tua...

Beijos, CatDog ;-)

CatDog disse...

Sabes, Artemisa, acabas de colocar-me uma questão excelente.
Porque a resposta fácil seria dizer que é um misto dos três factores que enumeras, mas soa fácil demais.
Até porque talvez até baste verificar-se uma dessas premissas, se acreditarmos que nos vemos uns aos outros como vemos tudo o resto (influenciados pelo ângulo, pela perspectiva).
Vou pensar no assunto e tentarei partilhar aqui contigo, talvez num post, as conclusões que me aflorarem.
Obrigado por manifestares a tua opinião. E eu também adivinhava isso como inevitável, todos temos ritmos distintos e umbigos parciais...
:-)

Beijos também para ti.

Artemisa disse...

Fico à espera, e vou pensar também na questão, que já me surgiu algumas vezes...talvez porque gosto de analisar tudo sob várias perspectivas.
Acredito que a forma como vemos o mundo e os outros está ligado à forma como nos vemos, como achamos que os outros nos vêm...e às nossas interpretações. Ou seja, não vemos os factos de uma forma simples, vamos passá-los pelo filtro das nossas experiências, o que os altera...não achas?

O que foi uma verdade absoluta ontem, é questionada hoje e talvez seja mentira amanhã...

Beijos
:-)

CatDog disse...

Se acho? Eu sou o campeão absoluto nessa modalidade do filtro... :-)
E o meu peca por entupir em demasia com preconceitos que nego e pressupostos a que não deveria prestar atenção.
Da mesma forma, não raras vezes descortino o mesmo padecimento do outro lado da questão e vejo-me mais distorcido do que nos saudosos espelhos da Feira Popular.
Não é fácil, lidar com estes detalhes que podem na boa fazer toda a diferença para pior...

Beijos também. E podes crer que tentarei construir pelo menos uma mini história baseada neste nosso papo tão pertinente quanto agradável.