domingo, 23 de março de 2008

Rua dos milagres

Na rua o povo festeja o alegado desaparecimento do cadáver de um homem muito especial. Acreditam-no divinal, eterno milagreiro, o povo festeja o padroeiro de um mundo de pernas para o ar.

Capazes de acreditarem em milagres tão religiosos como um coelho a pôr ovos de chocolate, assumidamente pagãos.

Mas incapazes de seguirem os preceitos mais elementares nos seus comportamentos desses importantes ensinamentos, alegadamente cristãos.

5 comentários:

Artemisa disse...

E festejam de forma pagã sem se aperceberem...talvez por não se terem apercebido da simbologia por detrás do coelho e dos ovos, ou simplesmente porque fazem o que lhes mandam sem questionar os moldes dos festejos :)

É engraçado.

CatDog disse...

Engraçado sobretudo para qualquer agnóstico ou ateu que observe estes rituais a uma confortável distância em termos dogmáticos...
Os católicos não-praticantes enfrentam o mesmo problema de coerência que os comunistas não-militantes (e não estou a atacar nenhuma das partes, mas apenas a constatar os factos a partir da mesma tentação consumista que os perde...).
:-)

Olá!! disse...

Quando me baptizaram não me pediram consentimento, aos 4 fiz a primeira comunhão, sabia lá o que estava a fazer... hoje sou católica não praticante ou agnóstica não praticante????
Junto a família na Páscoa e no Natal, das poucas ocasiões em que estamos todos juntos, será pecado???
A tradição vale o que vale...
Bjssss

CatDog disse...

O que interessa é que sejamos não praticantes da hipocrisia, Olá, alinhando em dogmas sem nexo.
Cada um/a que alinhe a sua crença com a sua fé, mas com o realismo necessário para assumir as suas incongruências práticas e/ou teóricas (teológicas?).
:-)

Olá!! disse...

Tal e qual, praticantes em consciência...