segunda-feira, 21 de abril de 2008

IP1

O conta-quilómetros deixou de funcionar, colado num ponto para lá da sua marca final, mas o pé no acelerador desmentiu o que o bom senso insistiu em afirmar.
A estrada que parecia nunca acabar e eu dizia para com os meus botões que aquilo não era uma questão de os ter no sítio mas apenas (mais) uma simples estupidez. Sem sentido definido, por uma vez, ao caminho, perdido, em busca do que restava de mim.
Um volante assim na minha cabeça acelerada era mesmo o que faltava na minha condução desastrada pelos becos que a vida me ofereceu. Um amor que morreu, ressuscitado. E mais outro que surgiu de qualquer lado e me abalroou a carroçaria com a força de um camião.

O acelerar do meu coração, frame by frame, sem travagem possível.

A certeza da imortalidade garantida no calor do abraço do amor, combustível, no regaço dos anjos, nas asas da paixão.

Nesta imensa auto-estrada onde não consigo pressionar o travão.

2 comentários:

M disse...

Um amor que morreu ressuscitado? :)
Elah CatDog! :)
***

CatDog disse...

Comigo é assim, milagres a toda a hora...